CAPÍTULO 5
Onde Buffett vai buscar informações financeiras
Na moderna era da internet, há dezenas de fontes nas quais podemos facilmente encontrar as demonstrações financeiras de uma empresa. O acesso mais fácil é por meio do MSN.com Chttp://moneycentral.msn.com/investorlhome.asp) ou da página de finanças do Yahoo! (www.finance.yahoo.corn).
Nós consultamos os dois sites, mas o MSN.com, da Microsoft Network, oferece demonstrações financeiras mais detalhadas. Para começar, encontre o campo no qual deve digitar o símbolo das cotações das ações em ambos os sites e depois digite o nome da empresa. Clique nele quando aparecer, e tanto o MSN.com quanto o Yahoo! irão direcioná-lo para a página contendo a cotação das ações da companhia em questão. À esquerda, você verá o cabeçalho "Finance", sob o qual estão três hiperlinks que o levarão ao balanço patrimonial, à demonstração do resultado do exercício e à demonstração de fluxo de caixa. Em cima disso, sob o cabeçalho "SEC", há um hiperlink para documentos apresentados à U.S. Securities and Exchange Commission CSEC), equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira. A cada trimestre, todas as empresas de capital aberto devem apresentar demonstrações financeiras à SEC; esses documentos são conhecidos como lOQs.*
Também é apresentado à SEC um documento chamado 10K, que é o relatório anual da empresa. Nele estão contidas as demonstrações financeiras da companhia para aquele ano contábil ou fiscal. Buffett leu milhares de 10Ks ao longo dos anos, pois esses documentos representam os melhores relatórios dos números de uma empresa, sem todas as firulas que podem ser colocadas no relatório anual apresentado aos acionistas.
No Brasil, a melhor fonte de consulta disponível é o site www.bmfbovespa.com.br. da BM&F Bovespa, que foi criada em 2008 com a integração entre a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ao entrar nele, você deve clicar em ações e, em seguida, pesquisar a empresa na qual está interessado.
É possível acessar dados da companhia e de seus principais acionistas, relatórios financeiros, informações relevantes e o histórico de cotações das ações.
Existem outras fontes de consulta importantes, como a Comissão de Valores Mobiliários (www.cvm.org.br), a Bloomberg e portais como Terra e UOl, mas o melhor lugar para encontrar todos os dados é a BMF& Bovespa.
* Relatório apresentado à SEC a cada trimestre pela maior parte das empresas de capital aberto. Inclui as demonstrações financeiras e fornece um panorama contínuo da condição financeira da empresa ao longo do ano. O relatório deve ser feito após cada um dos três primeiros trimestres do ano fiscal da empresa e ser apresentado à SEC em até 45 dias após o fim de cada trimestre. (N. do E.)
Brasileiro, entre 35 a 40 anos, que depois de procrastinar muito na vida, Decidiu Ficar Milionário. O objetivo principal desse blog é possibilitar a troca de experiências e conhecimentos financeiros com pessoas de mesmo objetivo (a busca da Independência Financeira).
segunda-feira, 28 de maio de 2018
quarta-feira, 23 de maio de 2018
ESPECIAL - Warren Buffett e a análise de BALANÇOS - Capítulo 4
CAPÍTULO 4
Visão geral das demonstrações financeiras: onde o ouro está escondido
É por meio da análise das demonstrações financeiras que Buffett garimpa empresas com uma vantagem competitiva durável. São elas que lhe informam se ele está analisando uma companhia medíocre, sempre atolada em resultados ruins, ou uma organização que tem uma vantagem competitiva durável e que vai torná-lo riquíssimo.
As demonstrações financeiras podem ser de três tipos: a demonstração do resultado do exercício, o balanço patrimonial e a demonstração de fluxo de caixa.
A demonstração do resultado do exercício nos informa quanto dinheiro a empresa lucrou durante determinado período. Os contadores das empresas tradicionalmente geram declarações de resultado para os acionistas a cada trimestre e ao fim do ano fiscal. Com a análise da demonstração do resultado do exercício de uma empresa, Buffett pode determinar parâmetros tais como as margens das vendas, o seu retorno sobre o patrimônio e, sobretudo, a constância e a direção dos seus lucros. Todos esses fatores são necessários para determinar se a companhia está ou não se beneficiando de uma vantagem competitiva durável.
O balanço patrimonial nos informa quanto dinheiro a empresa tem no banco, suas contas a receber, seus estoques, suas propriedades, o que chamamos de seu ativo; e quanto ela deve, o que conhecemos como passivo. Ao subtrair o passivo do ativo obtemos o patrimônio líquido da companhia, ou seja, o valor que seus sócios possuem investido nela.
Tradicionalmente, as empresas geram um balanço patrimonial para os acionistas ao fim de cada trimestre e ao fim do ano contábil ou fiscal. Buffett aprendeu a usar alguns dos itens do balanço patrimonial - como a quantidade de ativo disponível da empresa ou o seu endividamento de longo prazo - como indicadores da existência de uma vantagem competitiva durável.
A demonstração de fluxo de caixa, por sua vez, acompanha o dinheiro que entra e sai da empresa. Essa demonstração serve para monitorar quanto dinheiro a companhia está gastando em melhorias dos ativos fixos. Também monitora as vendas e as recompras de títulos e ações. Uma empresa geralmente emite uma demonstração de fluxo de caixa junto de suas outras demonstrações financeiras.
Nos capítulos a seguir, iremos explorar detalhadamente os itens e os indicadores da demonstração do resultado do exercício, do balanço patrimonial e da demonstração de fluxo de caixa que Buffett usa para descobrir se a empresa em questão tem ou não uma vantagem competitiva durável que o tornará rico no longo prazo.
Visão geral das demonstrações financeiras: onde o ouro está escondido
É por meio da análise das demonstrações financeiras que Buffett garimpa empresas com uma vantagem competitiva durável. São elas que lhe informam se ele está analisando uma companhia medíocre, sempre atolada em resultados ruins, ou uma organização que tem uma vantagem competitiva durável e que vai torná-lo riquíssimo.
As demonstrações financeiras podem ser de três tipos: a demonstração do resultado do exercício, o balanço patrimonial e a demonstração de fluxo de caixa.
A demonstração do resultado do exercício nos informa quanto dinheiro a empresa lucrou durante determinado período. Os contadores das empresas tradicionalmente geram declarações de resultado para os acionistas a cada trimestre e ao fim do ano fiscal. Com a análise da demonstração do resultado do exercício de uma empresa, Buffett pode determinar parâmetros tais como as margens das vendas, o seu retorno sobre o patrimônio e, sobretudo, a constância e a direção dos seus lucros. Todos esses fatores são necessários para determinar se a companhia está ou não se beneficiando de uma vantagem competitiva durável.
O balanço patrimonial nos informa quanto dinheiro a empresa tem no banco, suas contas a receber, seus estoques, suas propriedades, o que chamamos de seu ativo; e quanto ela deve, o que conhecemos como passivo. Ao subtrair o passivo do ativo obtemos o patrimônio líquido da companhia, ou seja, o valor que seus sócios possuem investido nela.
Tradicionalmente, as empresas geram um balanço patrimonial para os acionistas ao fim de cada trimestre e ao fim do ano contábil ou fiscal. Buffett aprendeu a usar alguns dos itens do balanço patrimonial - como a quantidade de ativo disponível da empresa ou o seu endividamento de longo prazo - como indicadores da existência de uma vantagem competitiva durável.
A demonstração de fluxo de caixa, por sua vez, acompanha o dinheiro que entra e sai da empresa. Essa demonstração serve para monitorar quanto dinheiro a companhia está gastando em melhorias dos ativos fixos. Também monitora as vendas e as recompras de títulos e ações. Uma empresa geralmente emite uma demonstração de fluxo de caixa junto de suas outras demonstrações financeiras.
Nos capítulos a seguir, iremos explorar detalhadamente os itens e os indicadores da demonstração do resultado do exercício, do balanço patrimonial e da demonstração de fluxo de caixa que Buffett usa para descobrir se a empresa em questão tem ou não uma vantagem competitiva durável que o tornará rico no longo prazo.
terça-feira, 22 de maio de 2018
ESPECIAL - Warren Buffett e a análise de BALANÇOS - Capítulo 3
CAPÍTULO 3
Consistência é o caminho de Buffett para a riqueza
A segunda grande revelação de Buffett é que a "consistência" da vantagem competitiva gera toda a riqueza. A Coca-Cola vende o mesmo produto há 122 anos e muito provavelmente o venderá pelos próximos séculos.
É essa consistência do produto que cria a constância nos lucros da empresa. Se esta não precisa ficar mudando seus produtos, também não precisa investir milhões em pesquisa e desenvolvimento nem terá de gastar bilhões reequipando a sua fábrica para produzir o modelo a ser lançado no ano que vem. Assim, o dinheiro vai se multiplicando nos cofres da companhia, o que significa que ela não precisa contrair muitas dívidas e, por sua vez, evita que pague muitos juros, permitindo que acumule muito dinheiro para expandir suas operações ou recomprar as ações, o que aumenta o lucro e a cotação das suas ações - tomando os acionistas mais ricos.
Portanto, quando está analisando as demonstrações financeiras de uma empresa, Buffett está procurando consistência. Aquela companhia consistentemente tem margens brutas altas? Tem consistentemente pouca ou nenhuma dívida? Não precisa gastar consistentemente grandes somas em pesquisa e desenvolvimento? Apresenta lucros constantes? Apresenta um crescimento constante do lucro? É essa "consistência" que aparece nas demonstrações financeiras que indica a Buffett a "durabilidade" da vantagem competitiva da companhia.
domingo, 20 de maio de 2018
ESPECIAL - Warren Buffett e a análise de BALANÇOS - Capítulo 2
CAPÍTULO 2
Onde Buffett começa sua busca pela empresa excepcional
Antes de começarmos a procurar a empresa que nos tornará ricos, ou seja, uma empresa com uma vantagem competitiva durável, é útil saber onde procurar. Buffett percebeu que essas superempresas têm três modelos básicos de negócios: vendem um produto exclusivo, prestam um serviço exclusivo ou compram e vendem a baixo custo um produto ou serviço de que o público sempre precisa.
Vamos analisar cada um desses modelos.
Vender um produto exclusivo: esse é o mundo de Coca-Cola, Pepsi, Wrigley, Hershey, Budweiser, Coors, Kraft, The Washing-ton Post, Procter &1: Gamble e Philip Morris. Por meio do processo de necessidade e experiência do consumidor, e da promoção publicitária, esses s fabricantes inseriram as histórias de seus produtos em nossas mentes e, assim, nos induziram a pensar neles quando vamos satisfazer uma necessidade. Quer mascar um chiclete? Você pensa na Wrigley.
Está com vontade de tomar uma cerveja gelada após um dia cheio no trabalho? Você pensa na Budweiser. E as coisas realmente melhoram com uma Coca-Cola.
Buffett gosta de pensar que essas companhias conquistaram um lugar na mente do consumidor e, quando isso acontece, seus produtos nunca precisam ser modificados, o que, como você descobrirá, é um ponto favorável. A empresa também consegue cobrar preços mais altos e vender uma quantidade maior dos seus produtos, criando todo tipo de eventos econômicos maravilhosos que aparecem em suas demonstraçôes financeiras.
Vender um serviço exclusivo: esse é o mundo de Moody's Corp., H&'R Block Inc., American Express Co., The Service Master Co. e Wells Fargo &' Co. Tal como os médicos e os advogados, essas empresas prestam serviços de que as pessoas precisam e pelos quais estão dispostas a pagar - mas, ao contrário dos médicos e dos advogados, essas empresas são instituições, não pessoas específicas. Quando vócê pensa em calcular os seus impostos, pensa na H&'R Block, não em Jack, o sujeito na H&'R Block que faz os cálculos. Quando Buffett comprou uma participação no Salomon Brothers, um banco de investimentos Cagora parte do Citígroup), pensou que estivesse comprando uma instituição. Porém, quando os principais talentos começaram a deixar a firma e a levar consigo os maiores clientes, ele percebeu que se tratava de uma empresa de talentos específicos. Em firmas desse tipo, os funcionários podem exigir e obter uma grande parte do lucro, o que deixa um total bem menor para os proprietários/acionistas da empresa. E não é assim que os investidores ficam ricos.
O modelo econômico de prestação de um serviço exclusivo pode ser fenomenal. Uma empresa não precisa investir muito dinheiro reprojetando seus produtos nem tem de gastar uma fortuna construindo uma fábrica ou armazenando sua produção. Firmas que prestam serviços exclusivos e que conquistam uma posição na mente do consumidor podem gerar margens melhores do que as das companhias que vendem produtos.
Comprar e vender a baixo custo um produto ou serviço de que o público sempre precisa: esse é o mundo de Wal-Mart, Costco, Nebraska Furniture Mart, Borsheim's Jewelers e Burlington Northern Santa Fe Railway. Aqui, as grandes margens são trocadas pelo volume, ou o aumento do volume mais do que compensa a redução das margens. O segredo é ser ao mesmo tempo comprador e vendedor a baixo custo, o que permite que você tenha margens mais altas do que as da concorrência e ainda seja o vendedor a baixo custo de um produto ou serviço. A imagem do melhor preço do mercado fica associada à ideia do consumidor de onde comprar. Em Omaha, quem precisa de um fogão novo vai atrás da maior variedade e do melhor preço na Nebraska Furniture Mart. Quer despachar os seus pertences para o outro lado do país? A Burlington Northern Santa Fe
Railway tem a melhor oferta. Você mora numa cidade pequena e quer a maior variedade com os melhores preços? Vá ao Wal-Mart.
É simples assim: venda um produto ou serviço exclusivo ou seja o comprador e vendedor a baixo custo de um produto ou serviço e você irá lucrar, ano após ano, como se tivesse quebrado a banca em Monte Carlo.
sexta-feira, 18 de maio de 2018
ESPECIAL - Warren Buffett e a análise de BALANÇOS
Olá,
Essa semana li no blog do além da poupança (https://alemdapoupanca.blogspot.com.br) que o livro "Warren Buffet e a análise de BALANÇOS" sumiu das livrarias, e quem os tem, está pedindo mais de R$ 200,00 pelo pequeno livro de 158 páginas.
O livro realmente é muito bom, principalmente para quem está começando a investir ou deseja conhecer os conceitos utilizados pelo maior investidor pessoal do mundo, Warren Buffet, para a escolha de seus investimentos.
Como forma de contribuir com a comunidade da "finansfera", estarei postando durante as próximas semanas os capítulos do livro.
Boa Leitura:
CAPÍTULO 1
Essa semana li no blog do além da poupança (https://alemdapoupanca.blogspot.com.br) que o livro "Warren Buffet e a análise de BALANÇOS" sumiu das livrarias, e quem os tem, está pedindo mais de R$ 200,00 pelo pequeno livro de 158 páginas.
O livro realmente é muito bom, principalmente para quem está começando a investir ou deseja conhecer os conceitos utilizados pelo maior investidor pessoal do mundo, Warren Buffet, para a escolha de seus investimentos.
Como forma de contribuir com a comunidade da "finansfera", estarei postando durante as próximas semanas os capítulos do livro.
Boa Leitura:
CAPÍTULO 1
A grande revelação que fez de Warren Buffett a pessoa mais rica do mundo
Para entender esta grande revelação, precisamos compreender a natureza das Bolsas de Valores e de seus maiores players. Embora preste muitos serviços para empresas, nos últimos 200 anos Wall Street também tem funcionado como um grande cassino no qual jogadores, ao modo dos especuladores, fazem grandes apostas na direção das cotações das ações.
Em seus primórdios, alguns desses jogadores obtiveram grande riqueza e proeminência. Tornaram-se personagens interessantes sobre os quais as pessoas adoravam ler na imprensa especializada. O grande "Diamond" Jim Brady e Bernard Baruch foram apenas alguns dos que chamaram a atenção do público como grandes investidores de sua época.
Em tempos modernos, os investidores institucionais - fundos mútuos, fundos hedge e sociedades de investimentos - substituíram os grandes especuladores de antigamente. Os investidores institucionais se "vendem" para os clientes como analistas de ações altamente capacitados, alardeando seus resultados anuais como iscas publicitária para um público míope e ávido por enriquecer rapidamente.
Em geral, os especuladores do mercado acionário tendem a ser inconstantes, comprando quando as notícias são boas e caindo fora quando são ruins. Se a ação não avança em alguns meses, eles a vendem e saem à procura de outra.
Os melhores jogadores dessa nova geração desenvolveram programas de computador complexos a fim de medir a velocidade em que uma cotação está subindo ou caindo. Se as ações de uma empresa estão subindo rápido o bastante, o computador compra; se estão caindo rápido, o computador as vende. Isso cria muita movimentação de compra e venda de milhares de ações diferentes.
Não é incomum para esses investidores informatizados comprar uma ação num dia e vendê-la no dia seguinte. Gestores de fundos hedge usam esse sistema e podem ganhar muitíssimo dinheiro para seus clientes. Mas há uma cilada: eles também podem perder altas somas. E, quando perdem dinheiro, os clientes (se ainda tiverem algum dinheiro sobrando) pegam o que sobrou e vão embora à procura de um novo analista que escolha ações para eles.
Esse frenesi especulativo de compra e venda vem acontecendo há muito tempo. Uma das maiores agitações de todos os tempos, na década de 1920, fez com que as cotações das ações chegassem á estratosfera. Mas, em 1929, veio a quebra da Bolsa, levando as cotações a despencar.
No início da década de 1930, um jovem e empreendedor analista de Wall Street chamado de Benjamin Graham percebeu que a maioria dos mais famosos investidores em ações não dava a mínima importância para os aspectos econômicos de longo prazo das empresas que estavam comprando e vendendo. O único fator relevante era se as cotações das ações estavam, no curto prazo, subindo ou caindo.
Graham também percebeu que, quando estavam dominados por seu frenesi especulativo, aqueles investidores às vezes faziam com que as cotações subissem até atingir níveis ridículos em relação às realidades econômicas de longo prazo do mercado em que as empresas atuavam. Também percebeu que aqueles mesmos famosos investidores às vezes provocavam a queda das ações a níveis insanos que, da mesma forma, não levavam em conta as perspectivas de longo prazo das companhias. Era nesses níveis insanamente baixos que Graham via uma oportunidade fantástica para ganhar dinheiro.
Ele chegou à conclusão de que, se comprasse aquelas "empresas subvalorizadas", com cotações abaixo de seu valor intrínseco de longo prazo, o mercado acabaria por reconhecer o seu erro e as reavaliaria para cima. Depois que isso acontecesse, ele poderia vendê-las com lucro. Essa é a base do que conhecemos hoje como investimento em valor. Graham foi o pai desse paradigma de investimento.
O que temos de perceber, no entanto, é que ele, na verdade, não se importava com o tipo de empresa que estava comprando. Em seu mundo, toda companhia tinha um preço no qual se tornava uma barganha. Quando começou a praticar o investimento em valor nos idos da década de 1930, ele se concentrava em achar empresas que estivessem sendo negociadas a menos da metade do valor que elas tinham em caixa. Ele chamava isso de "comprar um dólar por 50 centavos". Também aplicava outros parâmetros, como nunca pagar mais do que 10 vezes o lucro de uma empresa e vender a ação se ela subisse 50%. Se não subisse em dois anos, ele a vendia de qualquer jeito. Sim, a sua perspectiva era um pouco mais longa do que a dos especuladores de Wall Street, mas, na verdade, ele não tinha interesse algum na situação da companhia dali a 10 anos.
Buffett aprendeu sobre investimentos em valor com Graham na Universidade de Columbia, na década de 1950, e depois, pouco antes deste se aposentar, foi trabalhar para ele como analista em sua firma em Wall Street. Lá, Buffett trabalhou ao lado do famoso investidor em valor Walter Schloss, que ajudou a instruir o jovem Warren na arte de identificar situações de subvalorização, recomendando a leitura das demonstrações financeiras de milhares de empresas.
Depois que Graham se aposentou, Buffett voltou para a sua Omaha natal, onde teve tempo de pensar sobre a metodologia de Graham longe da multidão enlouquecedora de Wall Street. Durante esse período, percebeu algumas coisas inquietantes nos ensinamentos de seu mentor.
A primeira era que nem todas as empresas subvalorizadas de Graham eram reavaliadas para cima; algumas, na verdade, acabavam indo à falência. Em cada grupo de companhias vencedoras, também havia umas poucas perdedoras, que reduziam muito o desempenho geral. Graham tentava se proteger dessa situação com uma carteira de ações amplamente diversificadas que, muitas vezes, continham 100 empresas ou mais. Ele também adotava uma estratégia e se livrar de qualquer ação que não subisse depois de dois anos. Mas, no fim das contas, muitas de suas "ações subvalorizadas" permaneciam subvalorizadas.
Buffett descobriu que um punhado de organizações que ele e Graham haviam comprado e posteriormente vendido por causa da regra dos 50% continuavam a prosperar ano após ano; ao mesmo tempo, constatou que as cotações das ações dessas empresas estavam muito mais altas do que no momento em que Graham as havia vendido. Era como se eles tivessem comprado passagens para uma viagem de trem até Bonança, mas tivessem saltado bem antes de terem chegado à estação porque não sabiam para onde o trem estava indo.
Buffett decidiu que podia melhorar o desempenho do seu mentor aprendendo mais sobre a economia empresarial daquelas superestrelas". Então, começou a estudar as suas demonstrações financeiras, tentando entender o que as tornava investimentos de longo prazo tão fantásticos.
Ele descobriu que todas aquelas "superestrelas" se beneficiavam de algum tipo de vantagem competitiva que criava uma situação econômica semelhante a um monopólio, possibilitando que elas cobrassem mais ou vendessem mais produtos. Dessa maneira, ganhavam muito mais dinheiro do que as concorrentes.
Buffett também percebeu que, se a vantagem competitiva de uma empresa pudesse ser mantida por um período longo - se fosse "durável" -, então o seu valor subjacente continuaria a aumentar ano após ano. Por causa de um aumento contínuo do valor subjacente da empresa, fazia mais sentido para Buffett manter o investimento pelo maior tempo possível, tendo maior oportunidade de lucrar com a sua vantagem competitiva.
Ele também percebeu que o mercado - por meio dos investidores em valor ou dos especuladores, ou de uma combinação dos dois - reconheceria em algum momento futuro o aumento do valor subjacente da companhia e empurraria a cotação de suas ações para cima. Era como se a vantagem competitiva durável da empresa tornasse aqueles investimentos uma profecia que se realizava sozinha.
Havia mais uma coisa que Buffett considerava anda mais mágica do ponto de vista financeiro. Como tinham modelos de negócios tão fantásticos a seu favor, não havia chance de aquelas companhias algum dia declararem falência. Isso significava que, quanto mais para baixo os especuladores de Wall Street jogassem a cotação das ações, menor seria o risco de ele perder seu dinheiro ao comprar uma participação. A cotação mais baixa das ações também significava maior potencial de valorização e obtenção de ganhos. E quanto mais tempo ele mantivesse aquelas participações, mais tempo teria para aproveitar as ótimas condições econômicas subjacentes daquelas empresas.
Tudo isso era uma contradição completa da máxima de Wall Street de que, para maximizar seus ganhos, você precisava aumentar o risco subjacente. Buffett havia descoberto o Santo Graal dos investimentos: um investimento no qual, enquanto seu risco diminuía, o seu potencial de ganhos aumentava.
Para facilitar ainda mais as coisas, Buffett percebeu que não precisava mais esperar que Wall Street oferecesse uma barganha. Ele podia pagar um preço justo por uma daquelas superempresas e, ainda assim, sair ganhando, contanto que mantivesse o investimento por tempo suficiente. E, para acrescentar a cereja a um bolo já delicioso, percebeu que, se mantivesse o investimento no longo prazo e nunca o vendesse, podia efetivamente adiar os impostos sobre ganhos de capital para um futuro distante, permitindo que o seu investimento ficasse isento de impostos ano após ano enquanto fosse mantido.
Vejamos um exemplo: em 173, Buffett investiu US$ 11 milhões na The Washington Post Company, um jornal com uma vantagem competitiva durável, e até hoje permanece fiel a esse investimento. Em 2008, 35 anos depois, o seu valor cresceu até atingir estratosférico US$ 1,4 bilhão. Nada mal em investir US$11 milhões e ganhar US$ 1,4 bilhão! E a melhor parte é que, por nunca ter vendido uma única ação, Buffett ainda não pagou um tostão sequer de imposto sobre seu lucro.
Graham, por outro lado, com sua regra dos 50%, teria vendido o investimento de Buffett na Washington Post em 1976, por aproximadamente US$ 16 milhões, e teria pago um imposto sobre ganhos de capital (o lucro). Pior ainda, os renomados analistas de ações de Wall Street provavelmente teriam comprado e vendido essas ações mil vezes nos últimos 35 anos para obter ganhos intermitentes de 10% ou 20%, pagando impostos a cada venda. Mas Buffett aproveitou o investimento para obter o excepcional retorno de 12.460% e, até hoje, ainda não pagou nenhum tostão de imposto sobre seu ganho de US$ 1,4 bilhão.
Fechamento de Mês - Abr/2018 - R$ 44.842,55 (- R$ 508,94)
Olá Guerreiros,
Post rápido com o fechamento do mês de Abr/18, que teve como destaques:
- aporte abaixo do projetado (realizado: R$ 0,00 | Projetado: R$ 2.000,00),
- rentabilidade do mês: - 1,12%
- renda passiva em Abr/18: R$ 221,34
- renda passiva em 2018: R$ 806,73
Vamos aos números:
Rentabilidade:
A rentabilidade real da CIV(CARTEIRA INVESTIDOR VIKING) foi a seguinte:
A - CIV início do mês: R$ 45.351,49
B - CIV fim do mês: R$ 44.842,55
C- Total de cotas inicial 419.842 (de 100,00 cada).
D- Aporte de dinheiro novo R$ 0,00
E- Novo total de cotas 419.842
F- Valor da cota inicial R$ 108,02
G- Valor da nova cota (B/E) R$ 106,81
H- Rentabilidade Mensal (G/F) - 1 = - 1,12 %
Portfólio:
Operações no mês:
0
Proventos:
Meta de Patrimônio (Investimentos): R$ 1.000.000,00
Patrimônio no final de Abr/18: R$ 44.842,55
% da Meta Atingida: 4,48
Abraços,
Post rápido com o fechamento do mês de Abr/18, que teve como destaques:
- aporte abaixo do projetado (realizado: R$ 0,00 | Projetado: R$ 2.000,00),
- rentabilidade do mês: - 1,12%
- renda passiva em Abr/18: R$ 221,34
- renda passiva em 2018: R$ 806,73
Vamos aos números:
Rentabilidade:
A rentabilidade real da CIV(CARTEIRA INVESTIDOR VIKING) foi a seguinte:
A - CIV início do mês: R$ 45.351,49
B - CIV fim do mês: R$ 44.842,55
C- Total de cotas inicial 419.842 (de 100,00 cada).
D- Aporte de dinheiro novo R$ 0,00
E- Novo total de cotas 419.842
F- Valor da cota inicial R$ 108,02
G- Valor da nova cota (B/E) R$ 106,81
H- Rentabilidade Mensal (G/F) - 1 = - 1,12 %
Portfólio:
Operações no mês:
0
Proventos:
Patrimônio no final de Abr/18: R$ 44.842,55
% da Meta Atingida: 4,48
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